quarta-feira, 21 de março de 2012

Juramento à Ordem - Capítulo 6: Um local misterioso

Kyofu - Vamos sair daqui.


Os 3 seguiram pela escura floresta, tomando cuidado, pois não sabiam o que as trevas que haviam ali escondiam. Sempre alertas, continuaram percorrendo pela mata até que encontraram sua saída. Estavam no vilarejo, já eram 2:00, e os 3 estavam prontos para voltarem para suas casas. Bom, pelo menos 2 deles estavam.

Sonan - Vamos para casa, vocês precisam dormir.

Akai - Sim, eu to morrendo de sono...

Sonan - Ótimo, então vamos. Ash, vamos! Ash? Ash? Onde tá esse cara?

Akai - Ali... - Ash estava dormindo no chão, o sono tomou conta de seu corpo de tal forma que poderia dormir até mesmo em pedras fumegantes.

Sonan - ACORDA, SEU MISERÁVEL!!!!!!!!!!

Ash - MAIS CINCO MINUTOS, MAMÃE!!!! EU NÃO QUERO IR PRA ESCOLA!!!! ç.ç

Sonan -Vamos para casa. Que droga, você não leva nada a sério? - Estava nervoso.

Ash - Levar a sério? Isso existe? :O

Sonan - Grrr...- respirou fundo - Vamos logo.

Então os 3 novamente se puseram a andar, em direção as suas moradias. Após uns 10 minutos de caminhada, Akai se lembrou de algo importante:

Akai - Ah! Sonan, não ouse ir--

Ash - Tem uns 10 minutos que ele picou a mula daqui, Vermelho.

Akai - ...Pegar a Yuda de volta...¬¬

Ash - Hehe.

Akai - Ash...

Ash - ?

Akai - PORQUE VOCÊ NÃO ME AVISOU ISSO A 10 MINUTOS ATRÁS???????????

Ash - Porque ele me pediu pra não abrir o bico. Eu sequer tenho um bico, o que você quer de mim?

Akai não acreditou no que ouvira. Ash deve ter 30 anos, e mesmo assim se comporta feito uma criança. Pensou no que poderia fazer. Iria ajudar? Iria deixar ele se virar? Iria assistir?

Kyofu - Não faça nada. - A voz da ave sôou pelos ouvidos de Akai, que agora, não se assustava mais com essa forma repentina do pássaro aparecer.

Akai - E porque não? - O ruivo nem se preocupou em perguntar como Kyofu sabia o que ele estava pensando. Estava aceitando esses poderes sobrenaturais da ave. Talvez rápido demais...

Kyofu - Ele sabe o que faz, não se preocupe.

Akai - Sabe o que faz? Sonan? HÁ! Você o conhece mesmo?

Kyofu - Não duvide de mim.

Akai suspirou

Akai - Tudo bem... - Ele estava duvidando por dentro, mas preferiu concordar.


Muito longe dali, Sonan estava a caminho do Castelo de Kirian, o palácio erguido em homenagem ao herói de Kuraiza. A moradia do Danshaku, e dos homens e mulheres mais importantes do reino. Como o rapaz havia chegado a um lugar tão longe de onde estava antes em tão pouco tempo, é um mistério. Ele olhou o palácio, o palácio olhou de volta pra ele, e por alguns segundos, um flash passou por seus olhos e sumiu, dando lugar a visão da Yuda cravada em um tipo de cristal transparente em alguma área que se assemelhava a uma floresta. Então aos poucos foi recuperando a visão.

Sonan - Mas que diabos?! - Ele tentava entender o que acabou de acontecer. Foi tudo tão rápido.

Sentia que algo o estava mostrando o caminho, e mesmo que não confiasse muito nesse "algo", decidiu segui-lo.

Se dirigiu para a direita do palácio, tomando cuidado para que ninguém suspeitasse de um rapaz rodeando o templo como se procurasse uma entrada alternativa. Após alguns segundos, ele encontrou trepadeiras na lateral, que levariam a algum lugar. Ele as escalou com uma certa facilidade, estava acostumado a isso. Chegou em uma beirada que era espaçosa até demais. Ele podia andar tranquilamente com folga de espaço. Isso era muito suspeito...
Como pode haver tanto espaço num lugar tão inapropriado quanto esse e como meras trepadeiras o aguentaram eram perguntas que passaram pela mente de Sonan enquanto ele caminhava.

Sonan logo percebeu que a tal beirada subia em espiral em volta do palácio...talvez fosse uma antiga escadaria que foi demolida? Era uma hipótese, mas não estava ali para isso.
Após uns 10 minutos subindo a "escadaria", ele estava prestes a desistir, quando encontrou uma parede com um símbolo que se assemelhava a um ser com olhos inexpressivos e 2 chifres enormes.

Sonan - Sem saída? Eu subi isso tudo e não tem mais como passar? Não é possível, isso tem que ser uma porta. - Ele estava certo. Após tentar empurrar a parede na esperança de que fosse um portão, a mesma se abriu.

Adentrou pela porta, onde encontrou escondido ali, uma espécie de jardim. Um jardim secreto. A essa altura, não se surpreendia mais, embora ficasse curioso com o estado do lugar.

Grama e plantas muito bem cuidadas, o verde delas era fantástico. Maçãs maduras como ele nunca viu, e flores tão cheirosas que nenhum perfume conseguiria se igualar. Talvez para ele, não se igualariam. Alguns pássaros viviam ali, mas era a única forma de vida presente, além dele mesmo. O reflexo do Sol passava por uma das janelas do lugar, e fazia a água de um pequeno lago possuir um aspecto cristalino.
Como uma área dentro de um castelo possivelmente abandonada poderia ser tão bem cuidada? Ele ficou admirando a beleza dali, e percebeu que o lugar era bem grande. A beleza do jardim o fez esquecer seu objetivo por alguns minutos, e um objeto ali presente o fez relembrar.

Sonan - YUDA?! - E ali estava, cravada em um cristal transparente, que se localizava no meio do jardim. A visão estava certa.

Sonan - Como essa coisa veio parar aqui?! - Ele rapidamente correu em direção a espada. Esperava tudo, menos encontrá-la de forma tão repentina e fácil. - Ainda bem que te achei, e não precisei lutar contra aquele velho desgraçado.

Drak - Eu não contaria com isso, meu jovem - Aquela voz grave e firme, capaz de impor respeito no mais feroz dos guerreiros, ecôou pelo jardim.

Sonan - Eu e minha boca grande... - Dizia ele enquanto tocava a cicatriz em sua boca. Junto com a sensação de que sua boca era maior do que realmente é -algo que todos sentiam ao observá-la- as lembranças -ruins- de como a obteve, também surgiram.

Drak - Porque lhe soltaram? Será que não sabem o quão pecador você é?

Sonan - Eu tive sorte.

Drak - Pois é, parece que terei que cuidar disso com minhas próprias mãos. Se sinta honrado por lutar comigo.

Ambos se puseram em guarda.

Sonan - Porque simplesmente não me desmaia como da outra vez?

Drak - Isso não será o suficiente, a mesma estratégia não funcionará 2 vezes. E casos desse porte devem ser cuidados pelo próprio Danshaku.


E assim o duelo teve início.

domingo, 4 de março de 2012

Juramento à Ordem - Capítulo 5: Julgamento.

Soldado - Chegamos

Ash - Mas que beleza! Esse é o nosso fim! Foi bom conhecer você, maninho! Nos vemos do outro lado! :D

Sonan - Mas que po...

Neste momento, Sonan vê outra carroça que havia chegado junto com ele, e esta levava Akai.

Sonan - Akai?

Akai - Sonan?

Kyofu - Kyofu :D

Ash - Ash :D

Kyofu - Ash :D

Ash - Kyofu :D

Sonan - CHEGA!!!

Akai - O que esses caras vão fazer com a gente?

Ash - Eu sei lá, maninho! Provavelmente nos matar :D

Akai - O_O

Sonan - Relaxa, Akai...ele é assim mesmo...

Todos os prisioneiros foram levados para dentro da masmorra. Era um lugar relativamente limpo, não haviam esqueletos, nem restos mortais.

Soldado - Fiquem aí, seus montes de lixos! Vamos ver que destino será escrito para vocês...

Um homem adentrou no local e suas vestes eram bem diferentes das dos soldados:
Usava um sobretudo preto, com uma armadura medieval igualmente preta por baixo. As ombreiras e os braceletes da armadura ficavam por cima do sobretudo, e ele usava uma máscara que nada mais era que uma placa preta escondendo sua face.
Havia uma espada embainhada presa na horizontal em suas costas, que aparentava ser uma espada de esgrima. Kyofu já sabia do que se tratava.

Sonan - Quem é esse?

Kyofu - Um Sudiya.

Sonan - E o que ele veio fazer aqui?

Kyofu - O mesmo que todos os Sudiyas fazem.

Sonan - ...

Kyofu - Ele veio julgá-los, seu animal!

O Sudiya, que até então, estava conversando sobre algo com um dos soldados, se virou para os prisioneiros com uma prancheta em mãos. Ele olhou para cada um enquanto lia o que havia escrito nela, enquanto os analizava. E então, começou o julgamento.

Sudiya - Antes de começar o julgamento, alguém tem uma pergunta?

Akai - Porque vai fazer o julgamento aqui e não na corte?

Sudiya - Eu também não sei...foram ordens diretas do Danshaku.

Akai - Vixi...

Ash - Posso ir no banheiro?

Sudiya - Se for solto, sim. BOM, vamos começar! O primeiro da lista é...Ash Mon True! De acordo com o que está escrito aqui, você retribuiu com a mesma moeda a um homem que havia matado sua esposa, certo?

Ash - Sim.

Sudiya - E além disso...Nada...Este foi o único crime que você cometeu.

Ash - Pois é...

Sudiya - Olha, como Sudiya, eu tenho que julgar com base nos crimes do pecador, mas eu sinceramente não sei o que fazer se tratando de uma situação que até eu faria o mesmo.

Ash - ...

O juíz olhou novamente a prancheta, e após alguns segundos analisando outros papéis...

Sudiya - Amigo, você tem muita sorte. Aquele homem era um criminoso que estava à solta faz muito tempo e era notório por estar assassinando mulheres aleatoriamente. Mesmo que o que você tenha feito seja um crime, você evitou que mais vítimas fossem feitas, então...

Ash -...eu to livre?

Sudiya - Sim, está livre. Mas sabe que se fizer isso novamente não terá sequer a chance de uma explicação ou de análise nos seus dados, certo?

Ash - Sim! :D

Sudiya - Por favor, soltem-no.

Um dos soldados presentes soltou Ash de suas algemas, e o levou para fora da masmorra.

Soldado - Você teve sorte...agora vá!

Ash - Ah...eu posso esperar aqui fora?

Soldado - E porque?

Ash - Eu quero ver se um amigo meu será solto também.

Soldado - Certo...

Alguns minutos se passaram, o Sudiya fez seus julgamentos, os que foram julgados inocentes, foram soltos, os culpados foram levados até uma outra sala e lá ficaram presos.

Sudiya - Pooooois bem, os últimos da lista são...Sonan Kodoku e Akai Reddoen...acusados de roubar a espada Yuda. Embora...um de vocês tenha feito bem mais do que isso...

Sonan - Não roubamos ela, que droga! Porque todos pensam que nós a roubamos?

Sudiya - Eu não sei! É o que está escrito! Reclame com quem me passou essas informações!

Sonan - ....

Sudiya - Pois bem...eu não tenho boas notícias a vocês, garotos.

Akai - *Gulp*

Sudiya - Vocês serão executados.

Akai - NOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!! EU AINDA TENHO MUITO PRA VIVER!!!

Sonan - Aquele velho coroca...

Akai - Esse é o nosso fim. T_T

Sudiya - É brincadeira. :D Soltem-nos, estão livres.

Akai - Obrigado! Muito obrigado!

Sonan - ...

O juíz olhou para Sonan.

Sudiya - E você, considere-se com sorte. Você tem tantos registros aqui que eu deveria lhe julgar culpado, mas, vou lhe deixar livre. O porque, nem eu sei.

Então eles se dirigiram para fora da masmorra. Sonan estava confuso com o que o oficial disse.

Kyofu - Espero que esteja agradecido.

Sonan - Com o que?


Kyofu - Digamos que eu tenha dado uma força para que você fosse solto.


Sonan - õ_ô?


Kyofu - Vamos sair daqui.